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Terremoto no Haiti matou Zilda Arns, da Pastoral da Criança

Um terremoto de 7 graus na escala Richter vitimou no último dia 12 a médica pediatra e sanitarista Zilda Arns.

Ela estava no Haiti pela causa humanitária que trabalhou toda uma vida e morreu exatamente enquanto falava de seu trabalho para pelo menos 1 centena de pessoas em uma igreja.

Os brasileiros conhecem bem o trabalho de Zilda Arns e a perda é irreparável. O Cotidiano Nacional faz questão de agradecê-la, infelizmente somente após a sua morte, mas sempre admiramos seu trabalho e temos vários integrantes da família que participam da Pastoral da Criança no interior paulista.

Hoje, ao chegar ao meu trabalho, as bandeiras já estavam a meio pau, em sinal de luto pelas mortes ocorridas no Haiti. Estamos pesarosos também pela morte dos 14 brasileiros, militares valorosos que morreram cumprindo sua missão e que devem receber honrarias de nosso presidente, que deve estar presente quando da chegada dos corpos.

Mas agora quero falar de vida. Quero falar de Richard Morse (@RAMhaiti). Desde a tragédia ele vem usando o Twitter para contar tudo o que está se passando na capital do país, Porto Príncipe. Não só ele, mas pelo menos mais três locais relatam o cenário de horror de um país devastado pela força da natureza.

Mas Morse está mais atuante e passa boa parte do dia online. Não sei como ele está fazendo para se conectar, mas ele tenta passar o que sente, vê e escuta. Fala do barulho constante de aviões e helicópteros. Disse ainda que “as ruas da cidade são o quarto e a sala do Haiti”.

Através do micro blog twitter (sim, não site de relacionamento com alguns dizem, erradamente) Morse nos aproxima de sua dor e da tragédia de seu povo. Ele conta que as pessoas estão esperando no estádio o atendimento médico e a distribuição de alimentos e água. Em um de seus relatos ele fala que a embaixada brasileira (provavelmente se refere ao prédio da missão de paz)  está em colapso.

Mas o relato mais impressionante foi sobre as mortes: “A visão e o cheiro dos corpos em decomposição são desagradáveis”. Ele pede para as pessoas não tocarem nos corpos, mas que estes sejam cobertos.

É impressionante a serventia dos meios de comunicação e dos avanços da tecnologia. Através de um celular é possível narrar fatos que estão acontecendo naquele instante e ainda tirar uma foto e publicá-la em segundos na internet para que todo o mundo tenha acesso.

É assim que a história do Haiti está sendo contada por Richard Morse. Enviamos uma mensagem de apoio via twitter e esperamos dias melhores para todo o povo  haitiano.

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