Arquivo do mês: setembro 2009

Tragédia em Santo André

A explosão de uma suposta casa de fogos de artifícios clandestina em Santo André e que vitimou duas pessoas não é novidade para ninguém em lugar nenhum do mundo.

De tempos em tempos “coisas” clandestinas voam pelos ares e parece que nada muda. As autoridades não fiscalizam e as pessoas continuam correndo riscos tolos, por causa de um punhado de moedas. Vida dura essa de país sem educação e de povo subdesenvolvido.

Mas na verdade não era nada disso que eu queria falar. O Cotidiano Nacional se solidariza com as famílias das vítimas, mas não pode deixar de notar a entrevista de uma senhora.

Parecendo ainda muito assustada, ela relata à repórter que quando começaram as explosões ela pensou que estavam jogando bombas.

Vamos aos fatos: essa senhora já viveu em locais de guerra? Quantas guerras ela tem no currículo? Quando, na história desse país, jogaram bombas em nós? Até mesmo para dar entrevista, apesar do trauma aparente, é necessário estar sóbrio. E na dúvida, o silêncio é a melhor saída.

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Desfecho na Fórmula 1

Creio que todos os amantes da F-1 acompanharam com interesse o desfecho das tramóias de Flávio Briatore e sua turma em relação ao GP de Cingapura em 2008 quando Nelsinho Piquet bateu seu carro de propósito para beneficiar o companheiro, Fernando Alonso.

Não vou repetir o óbvio aqui, mas sem sombra de dúvidas tenho uma lista de sentimentos a compartilhar com o caro leitor.

Cresci vendo Nelson Piquet correndo. Ele era grosseiro, antipático, etc. Pode ser que sim, mas não o conheci pessoalmente para confirmar isso. Mas ele era acima de tudo competente no que escolheu para fazer. Não era só piloto, mas era também mecânico de seu carro, sabendo exatamente o que deveria ser feito aqui ou acolá. Resultado: três vezes campeão mundial.

Então acho que não preciso dizer o quanto fiquei decepcionado com o Nelsinho, pois sempre o defendi aqui e inclusive acredito que ele tenha sim talento. Agora vamos ver o que ele consegue em relação à carreira de piloto. Não serei eu a crucificá-lo para todo o sempre.

Por conta disso, também não preciso falar da minha antipatia pelo Flavio Briatore. Gostei da punição, acho banimento uma pena muito forte, mas que mostra um desejo de alguns em limpar toda a sujeira. É óbvio que estão longe de dar um brilho na F-1. Ainda deve ter muito lixo. Mas ainda assim fico comovido com a pessoa Briatore. Não deve ser fácil passar porque ele passou, apesar de sua culpa.

Não há muito mais o que dizer. Querer uma Fórmula 1 limpa com a quantidade de dinheiro que rola é simplesmente ser muito ingênuo, ou no máximo um sonhador.

E o Rubinho? Agora vai?

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Dia Mundial Sem Carro

O último dia 22 foi marcado por mais um “Dia Mundial sem Carro”, onde as pessoas deveriam deixar seus carros nas garagens e optar por chegar ao trabalho/escola etc. utilizando o serviço público de transporte.

Aqui em São Paulo, as coisas parecem que não mudaram muito. As 17h30 daquela tarde a CET (órgão responsável pelo trânsito na Capital Paulista) registrava 93 km de congestionamento, número que aumentaria muito como ocorre diariamente até pelo menos às 20hs.

Foi a primeira vez que participaria ativamente do Dia como condutor de automóvel, mas não fui capaz de deixar o carro em casa. Sei que cada um tem seus motivos para fazer o mesmo, mas não pretendo ficar aqui choramingo ou tentar justificar a minha “falta”.

Tentando achar uma solução e consequentemente um fim para este post, chego a conclusão que essa situação é uma “faca de dois legumes”. É extremamente importante a conscientização para que tenhamos uma melhora na qualidade do ar e consequentemente da vida e por mais que eu fosse o único cara a deixar o carro em casa teria me sentido bem. Mas como já disse antes, cada um tem uma justificativa, aceitável ou não, o que não vem ao caso agora.

Mas também é necessário colocar dois pontos importantes, que prefiro que vire uma discussão a ser usada como muleta por mim e por muitos outros.

A questão é a seguinte: Como deixar o carro em casa com o transporte público que temos na cidade de São Paulo e região metropolitana? E como manter um transporte público adequado para 20 milhões de habitantes? (números da Grande São Paulo).

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