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Rio de Janeiro: fim do Pan, fim da trégua.

A segurança reforçada no Rio de Janeiro para a realização do Pan-Americano mostrou-se eficiente e a cidade viveu dias tranqüilos.

Mas ao fim do evento, as coisas voltaram como era antes, infelizmente. Vinte pessoas foram mortas nas últimas 24 horas na cidade carioca. E não é só a violência que determinou a “normalidade”, mas as declarações das autoridades também mostram que as coisas voltaram ao “normal”.

Segundo o diário carioca “Jornal do Brasil”, o secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, disse não acreditar “que o episódio na Grajaú-Jacarepaguá” (ônibus e carros foram queimados e apedrejados) e “as 20 mortes ligadas às ações do tráfico em diversos pontos da cidade, ontem, tenham relação com o término dos Jogos Pan-Americanos“.

O secretário considera que foram “fatos isolados”. Fatos isolados! 20 mortos, fechamento de estrada, ônibus e carros apedrejados e queimados. Vale destacar que esses episódios foram decorrentes de protestos contra a morte do universitário William Alves Barbosa, de 26 anos, que teria sido morto pela polícia. Será que o assassinato de inocentes também são fatos isolados?

Como diria o ex-jogador Neto, esse secretário é um “brincalhão”! Enquanto isso as “otoridades” cariocas se apressam em se candidatarem a olimpíada por considerar que o Pan-Americano foi um sucesso. Alguém poderia avisar que a organização dos jogos foi considerada razoável/ruim e o melhor a fazer e tentar comprar os direitos de transmissão dos jogos olímpicos, que possivelmente serão realizados em Madri.

Só falta agora o governador Sérgio Cabral lançar sua candidatura a presidência.

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A última sobre o Pan-Americano

Não é porque o Pan-Americano acabou que vamos deixar as coisas no esquecimento.

A “retirada estratégica” da delegação de Cuba um dia antes do fim dos Jogos mostrou o que significa o regime de Fidel Castro.

O medo de que mais atletas deixassem a delegação em busca da “liberdade” motivou aquelas cenas dos ônibus deixando a Vila Pan-Americana, a chegada ao aeroporto as pressas e uma confusão danada para achar a bagagem. Não sei que bagagem, já que os cubanos venderam seus uniformes.

Mas o pior não foi isso. Uma das cenas me chamou a atenção e motivou este post. Os atletas recebiam de uma pessoa seus respectivos passaportes, dando a entender que eles não tinham posse de seus documentos. E depois vem o “grande estadista” Fidel Castro dizer que seus atletas estavam sendo aliciados pelos estrangeiros.

Na certa os cubanos devem adorar Cuba e se fogem a culpa é dos estrangeiros, geralmente países capitalistas. Sinceramente eu acho que a Polícia Federal deveria prender o rapaz que fugiu para Santo André/SP e mandá-lo de volta para Cuba ou para qualquer outro lugar.

Mas o pior de tudo são esses que fogem pensando que vão deixar de ser explorados num país de terceiro mundo, mal sabendo que serão explorados em um país de primeiro mundo. Mas é país de primeiro mundo, né?

Digo e repito: o povo tem o governo que merece!

Fidel e a saúdeFidel e a saúdeFidel e a saúde
Fonte: Site da Presidência do México.

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Megaenquete do Pan 2007

O Portal Terra está realizando uma megaenquete sobre o Pan-Americano que acabou ontem no Rio de Janeiro.

Gostaria de compartilhar com vocês algumas de minhas escolhas:

Maior decepção dos Jogos: Seleção Feminina de Vôlei

Maior surpresa dos jogos: Jade Barbosa

Momento de emoção mais marcante: Lutador de taekwondo Diogo Silva chora ao cantar o hino nacional

Situação de tristesa mais marcante: Futsal fora dos jogos de 2011

A maior vergonha dos Jogos: Constantes vaias dos torcedores

Principal destaque da delegação brasileira: Nadador Thiago Pereira

Quem fez mais falta entre os brasileiros dos Jogos: Ricardinho do vôlei  

O destaque entre os esportes não-olímpicos: Ouro do Marcelo Girardi no Wakeboard

Se você quiser participar, clique aqui

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161 motivos de orgulho

Festa de Encerramento
Foto: Folha Online

O Pan do Rio terminou e foi a melhor participação do Brasil na história. Somos verdadeiramente um país de lutadores, porque se for levar em conta a condição de treinamento e de competição de muitos desses atletas, apenas por conseguirem participar dos Jogos já seria motivo de orgulho para nós.

Todos os participantes são motivos de orgulho para nós, mas os 161 são excepcionais. A lista abaixo, obtida no site da Folha Online, e que fiz questão de reproduzir é minha mera contribuição a esses atletas, que venceram e escreveram seus nomes na história da competição. Não se sinta obrigado a ler toda a lista, caro leitor, mas eu precisava fazer essa singela homenagem.

Espero não ter esquecido de ninguém. Confira:

Atletismo

5.000m – Marilson dos Santos – Bronze
Decatlo – Carlos Chinin – Bronze
1.500m – Hudson de Souza – Ouro
10.000m – Marilson dos Santos – Prata
800m – Kléberson David Prata e Fabiano Peçanha Bronze
Salto com vara – Fábio Silva – Ouro
4 x 100m – Vicente Lenilson, Rafael Ribeiro, Basílio Morais Júnior e Sandro Viana – Ouro
Salto Triplo – Jadel Gregório – Ouro
Lançamento de dardo – Alexon Maximiano – Bronze
Maratona – Franck Caldeira – Ouro
Maratona – Márcia Narloch Prata e Sirlene Pinho Bronze
10.000m – Lucélia Peres – Bronze
Salto com vara – Fabiana Murer – Ouro
Arremesso de disco – Elisângela Adriano – Bronze
Salto em distância – Maurren Maggi Ouro e Keyla Costa Prata
Heptatlo – Lucimara Silva – Bronze
Salto Triplo – Keyla Costa – Prata
1.500m – Juliana Santos – Ouro
3.000m com obstáculos – Sabine Heitling Ouro e Zenaide Vieira Bronze

Badminton
Duplas – Guilherme Prado e Guilherme Kumasaka – Bronze

Basquete

Masculino – Ouro
Feminino – Prata

Boliche

Duplas – Fábio Rezende e Rodrigo Hermes – Prata

Boxe
Até 54kg – James Dean Pereira – Bronze
Até 57kg – Davi Souza – Bronze
Até 60kg – Everton Lopes – Prata
Até 64kg – Myke Carvalho – Bronze
Até 69kg – Pedro Lima – Ouro
Até 75kg – Glaucélio Abreu – Bronze
Até 91kg – Rafael Lima – Bronze
Acima de 91kg – Antônio Rogério Nogueira – Bronze

Canoagem

K1 1.000m – Sebastian Cuattrin – Prata
C2 1.000m – Vílson Nascimento e Wladimir Moreno – Prata
K4 1.000m – Roberto Maheler, Sebastian Cuattrin, Carlos Campos e Edson Isaías – Ouro
K1 500m – Edson Isaías da Silva – Bronze
C1 500m – Niválter Santos de Jesus – Bronze
C2 500m – Vilson da Conceição e Wladimir Sinezando – Bronze

Caratê

Acima de 80kg – Juarez Santos – Ouro
Até 80kg – Nelson Sardenberg – Bronze
Até 70kg – Vinícius Souza – Bronze
Até 65kg – Carlos Lorenço – Prata
Até 60kg – Douglas Brose – Bronze
Acima de 60kg – Lucélia Ribeiro – Ouro
Até 53kg – Valéria Kumizaki – Prata

Ciclismo

Moutain Bike – Rubens Valeriano – Prata
Estrada – Luciano Pagliarini – Bronze
BMX – Ana Fláva Sgobin – Prata
Estrada – individual contra relógio – Clemilda Fernandes – Bronze

Esgrima

Florete – João Antonio de Souza – Bronze
Sabre – Renzo Agresta – Bronze
Espada – Clarisse Menezes – Bronze

Esqui aquático

Wakeboard – Marcelo Giardi – Ouro

Futebol

Feminino – Ouro

Futsal

Masculino – Ouro

Ginástica artística

Equipe – Danilo Nogueira, Adán Santos, Luis Anjos, Mosiah Rodrigues, Víctor Rosa e Diego Hypólito – Prata
Solo – Diego Hypólito – Ouro
Salto sobre a mesa – Diego Hypólito – Ouro
Barra Fixa – Mosiah Rodrigues – Ouro
Equipe – Jade Barbosa, Khiuani Dias, Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Ana Silva e Laís Souza – Prata
Salto – Jade Barbosa Ouro e Laís Souza Bronze
Barras Assimétricas – Laís Souza – Bronze
Trave – Daniele Hypólito – Bronze
Solo – Jade Barbosa – Bronze

Ginástica rítmica

Conjunto geral – Tayane Mantovaneli, Luísa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Natália Sanchez – Ouro
Arco – Ana Paula Scheffer – Bronze
Cordas por equipe – Tayane Mantovaneli, Luísa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Natália Sanchez – Ouro
Três arcos e duas maças por equipe – Tayane Mantovaneli, Luísa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Daniela Leite – Ouro

Ginástica trampolim

Feminino – Giovanna Matheus – Bronze

Handebol

Masculino – Ouro
Feminino – Ouro

Hipismo

Adestramento – Rogério Clementino (Nilo Vo), Renata Costa (Monty) e Luísa Almeida (Samba) – Bronze
CCE equipes – Fabricio Salgado (Butterfly), Carlos Paro (Political Mandate), Renan Guerreiro (Rodizio AA) e André Paro (Land Heir) – Bronze
Saltos equipe – Rodrigo Pessoa (Rufus), Pedro Veniss (Un Blancs de Blanc), Cesár Almeida (Singular Joter 2) e Bernardo Alves (Chupa Chup 2) – Ouro
Saltos individuais – Rodrigo Pessoa – Prata

Judô

Acima de 100kg – João Gabriel Schlitter – Prata
Até 100kg – Luciano Corrêa – Bronze
Até 90kg – Tiago Camilo – Ouro
Até 73kg – Leandro Guilheiro – Prata
Até 66kg – João Derly – Ouro
Até 60kg – Alexandre Lee – Bronze
Acima de 78kg – Priscila Marques – Bronze
Até 78kg – Edinanci Silva – Ouro
Até 70kg – Mayra Aguiar – Prata
Até 63kg – Danielli yuri Barbosa – Prata
Até 57kg – Daniele Zangrando – Ouro
Até 52kg – Érika Miranda – Prata
Até 48kg – Daniela Polzin – Prata

Levantamento de Peso

Até 105kg – Fabrício Mafra – Bronze

Lutas

Greco Romana – 74kg – Felipe Macedo – Bronze
Greco Romana – 96kg – Luiz Fernandez – Prata
Livre – 72kg – Rosângela Conceição – Bronze

Nado Sincronizado

Dueto – Caroline Hildebrandt e Lara Teixeira – Bronze
Equipe – Beatriz Feres, Branca Feres, Nayara Figueira, Michelle Frota, Caroline Hildebrandt, Glaucia Souza, Giovana Stephan, Lara Teixeira e Pamela Brasil Nogueira – Bronze

Natação

Maratona aquática – Allan do Carmo – Bronze
400m medley – Thiago Pereira – Ouro
4 x 200m livre – Thiago Pereira, Rodrigo Castro, Lucas Salatta e Nicolas Oliveira – Ouro
400m livre – Armando Negreiros – Bronze
100m borboleta – Kaio Márcio Ouro e Gabriel Mangabeira Prata
100m livre – César Cielo – Ouro
200m costas – Thiago Pereira Ouro e Lucas Sallata Bronze
200m medley – Thiago Pereira – Ouro
4 x 100m livre – Fernando Silva, Eduardo Deboni, Nicolas Oliveira e César Cielo – Ouro
200m borboleta – Kaio Márcio Almeida – Ouro
200m peito – Thiago Pereira Ouro e Henrique Barbosa Prata
100m costas – Thiago Pereira – Bronze
50m livre – César Cielo – Ouro
4 x 100m medley – Thiago Pereira, Henrique Barbosa, Kaio Márcio e César Cielo – Prata
Maratona aquática – Poliana Okimoto – Prata
50m livre – Rebeca Gusmão – Ouro
100m borboleta – Gabriela Silva – Bronze
4 x 200m livre – Tatiana Barbosa, Monique Ferreira, Manuella Lyrio e Paula Baracho – Bronze
100m costas – Fabíola Molina – Prata
4 x 100m livre – Tatiana Lemos, Flávia Delaroli, Monique Ferreira e Rebeca Gusmão – Prata
200m medley – Monique Ferreira – Bronze
200 m borboleta – Daiene Dias – Bronze
100m livre – Rebeca Gusmão Ouro e Flávia Delaroli Bronze
4 x 100m medley – Tatiana Barbosa, Monique Ferreira, Manuella Lyrio e Paula Baracho – Bronze

Nota do Cotidiano Nacional (14/1/2008): A nadadora Rebeca Gusmão perdeu suas medalhas por conta de doping.

Patinação artística

Marcel Stürmer – Ouro
Juliana Almeida – Bronze

Pentatlo moderno

Feminino – Yane Marques – Ouro

Pólo aquático

Masculino – Prata

Remo

Dois sem – Anderson Nocetti e Allan Bittencourt – Bronze
Single skiff – Marcelus Marcili – Bronze
Oito com – Renan Castro, Alexandre Ribas, Leandro Tozzo, Gibran Cunha, José Roberto Nascimento Jr., Marcelus Marcili, Anderson Nocetti, Allan Bittencourt e Nilton Alonço – Prata

Saltos ornamentais

Trampolim 3m – César Castro – Prata
Plataforma 10m – Juliana Veloso – Bronze

Squash

Por equipes – Rafale Alarcon, Ronivaldo Santos e Luciano Barbosa – Bronze

Taekwondo

Até 58kg – Márcio Wenceslau – Prata
Até 68kg – Diogo Silva – Ouro (Primeira medalha de ouro)
Mais de 80kg – Leonardo Santos – Bronze
Acima de 67kg – Natália Falavigna – Prata

Tenis

Simples – Flávio Saretta – Ouro
Duplas – Joana Cortez e Teliana Pereira – Bronze

Tênis de mesa

Equipes – Thiago Monteiro, Hugo Hoyama e Gustavo Tsuboi – Ouro
Individual – Thiago Monteiro – Bronze e Hugo Hoyama – Bronze

Tiro

Pistola de ar – 10m – Júlio Almeida – Prata
Pistola tiro rápido de 25 m – Fernando Cardoso Júnior – Bronze

Trialto

Kata – Juraci Moreira – Bronze

Vela

Laser – Robert Scheidt – Prata
Lightning – Cláudio Biekarck, Gunnar Ficker e Marcelo Silva – Bronze
J24 – Mauricio Oliveira, Carlos Jordão, Alexandre Silva e Daniel Santiago – Ouro
Snipe – Alexandre Paradeda e Pedro Amaral – Ouro
RS:X – Ricardo Winicki – Ouro
Laser radial – Adriana Kostiw – Bronze
RS:X – Patricia Castro – Prata

Vôlei

Feminino – Prata
Masculino – Ouro

Vôlei de praia

Ricardo/Emanuel – Ouro
Juliana Silva/Larissa França – Ouro
 

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Arquivado em Rio 2007

Balanço do Blog

Não tinha planejado fazer um balanço, mas também como não tinha a menor idéia de como dar seguimento a este projeto, não vejo nada demais em comentar sobre algumas coisas que se passaram nesses primeiros 30 dias (862 acessos). Só depois descobrir que gostaria de opinar sobre os acontecimentos do dia da nossa Terra de Santa Cruz.

A primeira, obviamente, é agradecer a todos os meus leitores que vem tendo paciência para acompanhar o blog diariamente. Espero que essa nova convivência possa durar bastante.

Até o momento nenhum comentário precisou ser “censurado”, todos foram feitos de forma respeitosa e sem exageros. E podem olhar lá, não há apenas elogios, mas também críticas e sugestões. Acredito que se só autorizasse os elogios ficaria difícil até mesmo para eu acreditar que tinha interesse em fazer um projeto sério. Acredito também que as críticas também são importantes, assim como os elogios.

Gostaria de destacar uma reclamação que me chamou bastante atenção: alguns (foram poucos) reclamaram do layout do meu blog e da falta de fotos para ilustrar os textos. Sobre o layout confesso que por não entender muito bem disso preferi pegar um modelo pronto, que em minha opinião não iria agredir os leitores (fundo preto, letreiros luminosos, som de fundo, essas coisas). Sobre a falta de fotos, eu não entendo bem como uma foto pode substituir um texto, mas aceitei a sugestão e passei a colocar algumas fotos para destacar melhor a reportagem. Mas o que penso dessas pessoas que fizeram as reclamações citadas acima? Para mim são o tipo de pessoa que você recomenda um livro, mas se o livro não tiver letras grandes e figuras nas páginas, elas logo descartam. Logo, não servem para ler meu blog.

Um rapaz disse não encontrar nada de interessante para se ler no blog. Eu escrevo sobre política, futebol, cotidiano, economia, ciência (se não escrevi ainda vou escrever), praticamente todos os assuntos. Se eu escrevo sobre tudo e ele não encontrou nada para ler, em que mudo você vive, meu rapaz?

De todos os textos escritos, apresento agora um ranking dos mais visitados. Se você não leu ainda, faça isso agora clicando no link:

Amazonas: lá também é Brasil – 26 acessos
O Prouni e a sociedade – 22 acessos
O pateta do esporte – 20 acessos
A importância do ambiente acadêmico – 18 acessos
Bahia: um fim de um reinado – 15 acessos
Brasil na final e Doni no meio da pequena área – 13 acessos
Robinho e mais dez – 13 acessos
Amapá: onde tem Brasil tem descaso com o dinheiro público – 13 acessos
Se os EUA se importassem com o Pan… – 13 acessos
Começa a viagem… – 12 acessos
Querem um conselho: usem filtro solar – 12 acessos
Porque nossas laranjas são verdes – 11 acessos
Alagoas: você se lembra quem veio de lá – 11 acessos
A caça aos golfinhos – 11 acessos

Destaque para o texto que fala do jogador Robinho. Uma colega disse que esse post era dispensável. Parece que ela se enganou!

Além disso, eu decidi “viajar” pela imprensa on-line do país em busca de história pitorescas, ou mesmo qualquer coisa que, em primeiro olhar, chamasse a atenção. Por isso convido vocês a lerem (quem ainda não leu) o texto campeão de acessos até o momento, que fala sobre a violência na cidade de Manaus, para mostrar que não é só RJ ou SP que a situação vai mal. Dos mais lidos estão esse já citado, Amazonas, e mais Bahia, Amapá e Alagoas.

Já passamos também por Rio de Janeiro, Acre, Rio Grande do SulRoraima e Ceará, o mais recente deles. Não deixe de lê-los.

Eu estou bastante contente com o desenvolvimento do blog e com a resposta dada por leitores interessados. Espero continuar contando com a presença diária de todos vocês.

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E a luta continua, companheiro (argh!)

Fim de mais um dia de competições no Pan e o Brasil continua correndo atrás de Cuba no quadro de medalhas (o que para mim é uma vergonha).

Quadro de Medalhas - 27/07
Arte: Folha Online/Alexandre Carvalho

Com bem lembrou um leitor, a expectativa era superar o Canadá, e isso já foi feito. Mas como bons brasileiros, não estamos satisfeitos e queremos agora bater a ilha de Fidel.

Se não conseguir, vai ser uma grande decepção na visão desses que ai estão transmitindo os jogos, o que fazem algum eventos serem simplesmente intragáveis. Mas nós já batemos todos os recordes, o que mais falta?

Já sei: com esses resultados, todo mundo vai achar que a Olimpíada de Pequim é nossa. Cairão do cavalo e virá mais decepção (a decepção atual não é justificável).

Enquanto isso, os atletas de Cuba, que tanto amedontram nossos esportivas e principalmente nossos narradores e comentaristas esportivos, vendem seus uniformes para os cariocas para “levar um troco” para casa.

Em tempo: é um absurdo essa cobrança desenfreada por medalhas. Nossos atletas, apenas por conseguirem competir, já são vencedores.

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Arquivado em Rio 2007

Se os EUA se importassem com o Pan…

Hoje a imprensa nacional reclamou pelo fato de os Estados Unidos não darem atenção ao Pan. O engraçado é que o padrão utilizado para essa afirmação foi a imprensa daquele país.

Segundo nossos jornalistas, o jornal X não fez nenhuma menção do Pan, o jornal Y nem sequer deu uma notinha. Mas vamos mudar um pouco a ótica da coisa.

O time dos EUA que venceu a seleção brasileira de basquete é formado por universitárias.

Eles têm o dobro de medalhas de ouro em relação a Cuba, o segundo colocado no quadro de medalhas (aqui mais uma vergonha para o Brasil).

Os Estados Unidos ganharam mais de um terço de todas as medalhas de ouro distribuídas (são 42 países participantes; 26 deles não ganharam nenhuma medalha de ouro) e um quarto de todas as medalhas distribuídas até o momento.

Sinceramente, ainda bem que eles não dão atenção ao Pan, porque senão a vergonha poderia ser ainda maior. Ainda espero que o Brasil termine o Pan em segundo, com mais medalhas de ouro do que Cuba.

Quanto a alguns de nossos jornalistas, é melhor eles cobrirem a nossa crise aérea.

Quadro de medalhasQuadro de medalhas
Arte: Folha Online/Alexandre Carvalho

Em tempo: acabo de ver uma reporter perguntando a Robson Caetano se o fato de os EUA mandarem o “time B” para o Pan prejudica o nível técnico da competição. Ô minha filha, já deu uma conferida no quadro de medalhas? Você consegue perceber quem está na frente? Quem ganhou mais medalhas?

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Arquivado em Rio 2007

Ainda a seleção de volei

Eu sei que peguei pesado ao acusar o Bernardinho de favorecer o filho dele ao cortar o Ricardinho. O rapaz joga bem, tem DNA propício para o vôlei e certamente será um excelente jogador.

Bernardo Rezende
Foto: Uol

No entanto, tem uma pergunta que eu gostaria de deixar para meus leitores: quando o Ricardinho era o levantador, eu não fazia a mínima idéia de quem era o reserva dele. Isso mostra que nunca (ou quase nunca) entrava outro levantador em seu lugar. Agora, sem o principal jogador da seleção, a troca de levantadores acontece. Hoje, contra Cuba, Bruno sempre entrou no finzinho dos sets, no fim eu sei, mas entrou. Não me lembro desse privilégio ter sido usufruído por Marcelinho antes. 

Falando do jogo, chega a ser um pouco sem graça os jogos da seleção: Brasil 3 – 0 Cuba.

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Arquivado em Rio 2007

Um corte muito suspeito

Ontem, enquanto assistia ao jogo de vôlei de praia (quem teve a idéia de fazer uma decisão à noite?) recebemos a notícia de que o Ricardinho, levantador da seleção brasileira de vôlei havia sido cortado e não jogaria o Pan.

Ainda na mesma transmissão, é informado que Ricardinho tinha pedido dispensa por estar muito cansado e estressado. Até ai, tudo bem.

No entanto, ao anunciar que Bruno (filho do treinador) havia sido convocado para o lugar do levantador “cansado” e “estressado” comecei a desconfiar da história, como bom adepto das teorias da conspiração.

Depois, vejo Ricardinho declarando (por telefone) que não tinha idéia do porquê de seu corte. Interessante a história. Sai um jogador que não sabe o que aconteceu e entra o filho do treinador. Até tu, Bernadinhus?

Para mim está muito claro: com grandes chances de ganhar a medalha de ouro, o treinador chamou o filho para que tivesse a sua chance de “ouro” de aparecer. Parece que o rapaz até tem qualidade, mas depois dessa, a mancha não sai nem com Omo.

Boletim do Pan: ao final do Pan esperamos que o Brasil termine em segundo lugar no quadro de medalhas, porque ficar atrás de país como Cuba é vergonhoso. É verdade que a ilha de Fidel investe muito em esporte, mas nós deveríamos ser o segundo país no continente, perdendo apenas para os Estados Unidos. Entenderam o recado, “otoridades” ?

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Arquivado em Rio 2007

Imprensa viciada

O que leva um órgão de imprensa a manter em evidência uma pessoa que não está aparecendo?

Foi assim nos últimos dias ao retratar a equipe de ginástica artística brasileira que foi prata no Pan do Rio. Nas duas reportagens que eu vi em dois jornais diferentes tínhamos três fotos da Daiane dos Santos como “representante” da equipe. Mas porque ela? Só pelo seu passado?

Muitas vezes o momento é o que importa é o momento agora é de Jade Barbosa e Laís Oliveira. As duas levaram a equipe feminina “nas costas”. E só por isso conquistaram a medalha de prata por equipe.

Jade e Laó no pódio
Jade Barbosa (centro) conquista medalha de ouro na prova de salto da ginástica artística individual; Laís Oliveira venceu o bronze e norte-americana Amber Trani, prata
Foto: Folha Online

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Arquivado em Rio 2007

A expectativa para o Pan

Qual a sua expectativa para o Pan? Sempre temos a esperança de o Brasil ganhar muitas medalhas, principalmente agora “em casa”, com a torcida a favor e a atmosfera propícia.

Mas muitas vezes esses fatores não fazem muita diferença, pois o que dá medalha mesmo é o trabalho diário de nossos atletas, buscando a superação, buscando a excelência. O grande problema é que nossos atletas precisam vencer muito mais do que suas próprias limitações.

A falta de infra-estrutura é a principal batalha diária de nossos atletas e a falta de apoio, principalmente financeiro com a ausência de patrocinadora “enterra” de vez a tão sonhada medalha de ouro. Mesmo assim ganharemos muitas medalhas, e até de ouro (Diogo Silva, do taekwondo ganhou a primeira).

Diogo Silva
Foto: Folha Online

O exemplo da falta de investimento nos esportes vem demonstrado justamente com nosso medalha de ouro, que disse receber um verba de R$ 600,00 e ainda recebe atrasado. É uma vergonha essa situação.

Como esperar então medalhas de ouro para um país que não investe em educação, em esportes, em saneamento básico, em quase nada praticamente. Esses meninos e meninas que ganham medalhas são verdadeiramente heróis porque muitas vezes tiram dinheiro do bolso para poder chegar aos locais de treinamento e até mesmo para se alimentar durante um dia inteiro de treinos. Cadê o dinheiro para esses heróis?

E para não perder o costume de reclamar dos narradores esportivos, ontem foi humanamente impossível suportar um narrador da Record que reclamava da medalha de prata da equipe masculina de ginástica artística. Para ele, “se não fosse aquela queda, se não fosse a contusão, se não fosse…”. Faltou falar que se não fosse os outros competidores, se não fosse os outros países, se estivéssemos competindo sozinho…

Parece que a medalha de prata para a equipe artística foi de bom tamanho. Porque não se espelhar na equipe feminina, que havia sido bronze em Santo Domingo e prata agora? Elas ficaram satisfeitas porque evoluíram!

No sábado de manhã estava no barbeiro no centro da cidade, lugar propício para discutir os desígnios de um país. Cadeira dura, das antigas. Ventiladores duplos giratórios no teto. Caixa registradora do “tempo do onça”. A maioria dos fregueses sexagenários e eu lá, meio fora do contexto, mas adorando aquele clima. Nisso, o barbeiro mais velho comenta: “O que eu mais gostei da abertura do Pan foi o discurso do Lula, o melhor da vida dele”.

Na ocasião, Lula foi vaiado no estádio do Maracanã e não fez a abertura oficial do Pan. Na passagem dos atletas, chorou. Pelos atletas ou pelas vaias?

Independente da quantidade ou de nossa classificação no quadro de medalhas, todos os nossos atletas já são campeões. Quem sabe um dia nossos dirigentes dêem mais atenção ao esporte. Será pedir demais?

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Arquivado em Rio 2007

Rio de Janeiro: um estado em evidência

O estado do Rio de Janeiro nunca esteve tanto em evidência nas últimas semanas. Nem tanto o estado, mas a capital, de mesmo nome, a “cidade maravilhosa”.

Não é de hoje que escutamos nos noticiários a grande violência que toma conta dos morros cariocas, infestados de traficantes. A violência também pode ser notada nos lugares “mais nobres” da antiga capital do Brasil, onde turistas estrangeiros são assaltados e as vezes até mesmo assassinados.

Recentemente a policia carioca, reforçada pela Força Nacional de Segurança, “invadiu” o complexo de favelas do Alemão para enfrentar os traficantes e o saldo de mortos chegou aos 19. Alguns inocentes, segundo a comunidade.

A cidade maravilhosa vivia também uma espera: a do pan-americano. A cidade virou um grande canteiro de obras, que corriam contra o tempo para que tudo ficasse pronto para o dia 13/07, início do Pan. Parece que está tudo pronto, ou perto disso, já que estamos assistindo diariamente na televisão inaugurações de arenas e ginásios onde serão disputados os jogos. Aqui também temos alguns saldos: muitos empregos gerados com as obras, todo o complexo esportivo que será “herdado” pelos cariocas, mais divulgação sobre a cidade mais visitada do país. Mas é preciso lembrar que todas as obras construídas custaram muito mais que o esperado, como invariavelmente acontece com obras financiadas pelo dinheiro público.

E para aumentar ainda mais a “fama” do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor foi eleito como uma das 7 maravilhosas do mundo. A eleição foi realizada em todo o mundo e as novas maravilhas foram anunciadas no último dia 07, em Lisboa.

Das maravilhas antigas, apenas as pirâmides do Egito resistiram ao tempo e aos homens. Espera-se que as novas maravilhas tenham uma vida longa e que resistam para que todos no futuro possam admirá-las em seus locais de origem e não mais como suposições, ruínas ou mesmo em páginas ilustradas de livros.

Cristo Redentor 

O Cristo Redentor, feito em pedra sabão e concreto armado, fica a 709 m do nível do mar e oferece uma das mais belas vistas dos morros e baias do Rio de Janeiro. Foi inaugurado em 1931, após cinco anos de obras.

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