Todos estão, certamente, mais do que informados sobre as chuvas em São Paulo e também já devem estar cansados da mesmice.
Não quero as autoridades falando que a culpa são das ocupações irregulares e do excesso de chuva. Como bem disse o presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Francis Bogossian, não era de achar culpados!
O momento é de minimizar as perdas e pensar em alguma coisa. Eu não sou da área, só posso falar da questão ambiental com certa propriedade. Morar próximo aos rios é temerário, com ou sem desmatamento. Principalmente se for em área de várzea, visto que o rio precisa de um espaço para quando for necessário, em casos de cheia, por exemplo.
Por mais que tentam me convencer que o aquecimento global é falácia, o aumento no poder das tempestades tem sim a ver com uma mudança climática, natural sim, porém mais acelerada. Isso é fato.
Talvez o mais sensato de toda a história, por incrível que pareça, foi o prefeito Gilberto Kassab, que disse que a coisas poderiam ser piores, se não fosse os piscinões e etc. Ainda assim acho que falta uma ação mais efetiva do poder público.
Agora, vamos falar sobre uma coisa interessante. Tudo bem que as pessoas moram em áreas de risco e que não deveriam. Mas, se não deveria morar lá, porque a prefeitura e os outros órgãos do estado (Sabesp, Eletropaulo) e instituções privadas (bancos e afins) acabam por prover uma estrutura nesses bairros que, em tese, deveriam não existir.
Será que o moradores do Jardim Romano e da Vila Itaim não pagam IPTU, água ou luz?
Eu confesso que não sei a solução e ao que parece, os próximos janeiros serão assim ou piores, depende das ações conjuntas do Estado, município e também da população.